Manuais Operacionais

5.1.3 Escolha do modelo mais adequado à situação

É importante lembrar que: 1) as decisões sobre o modelo de atenção para uma determinada situação não devem ser tomadas com a crença de que um único modelo atende às necessidades de todos os pacientes em um determinado contexto; e 2) em algumas situações, permitir que os agentes comunitários de saúde façam mais coisas e tenham tarefas de diferentes tipos para aliviar a falta de pessoal, bem como incentivar uma participação mais significativa da comunidade, pode ser importante para permitir a disponibilização dos serviços para todos os pacientes.

Tratamento da TB-S com esquemas de 4 meses

  1. Pacientes de 12 anos ou mais com TB-S pulmonar podem ser tratados com um esquema de 4 meses de isoniazida, rifapentina, moxifloxacino e pirazinamida (2HPMZ/2HPM).
    (Recomendação condicional, evidências de certeza moderada) – recomendação nova
  2. Em crianças e adolescentes de 3 meses a 16 anos com TB não grave (sem suspeita nem evidência de TB resistente à rifampicina ou multirresistente [TB-RR/MR]), deve-se usar um esquema de tratamento de 4 meses (2RHZ[E]/2RH).

5.1.1 Modelo de tratamento de TB em regime de ambulatório: atenção descentralizada

Atenção descentralizada significa cuidados em centros de saúde menores, ambulatoriais e não especializados, mais próximos do local onde o paciente vive, geralmente prestados por agentes comunitários de saúde ou enfermeiros, médicos não especializados, voluntários da comunidade ou apoiadores do tratamento de TB. O atendimento pode ocorrer em centros locais (por exemplo, centros comunitários), em domicílio ou no local de trabalho do paciente.

5.1 Modelos de atenção para todos os pacientes com TB

Embora tradicionalmente os pacientes com TB-DR fossem internados durante parte do tratamento e, às vezes, durante todo o tratamento, as recomendações nesse aspecto mudaram. Com o uso crescente de tratamentos exclusivamente por via oral para TB-DR, os pacientes com TB-DR devem ser tratados, sempre que possível, em um programa de tratamento ambulatorial semelhante ao dos pacientes com TB-S (60–62).

4.7.2 Aconselhamento sobre cuidados paliativos

Conforme discutido no Capítulo 6, a avaliação e o alívio do sofrimento psicológico, social e espiritual dos pacientes e dos cuidadores familiares são partes essenciais dos cuidados paliativos para as pessoas afetadas pela TB.

Quando os pacientes ficam sabendo que provavelmente morrerão em decorrência da doença, podem experimentar uma ou todas as emoções ou pensamentos a seguir, sem nenhuma ordem específica (56, 57):

4.6.4 Motivação da pessoa

Os profissionais de saúde são qualificados para “aconselhar” e têm o desejo inerente de melhorar a situação de seus pacientes. Isso raramente ajuda a promover uma mudança de comportamento. Em vez disso, o objetivo deve ser explorar as dificuldades das pessoas em mudar seu comportamento e ajudá-las a encontrar suas próprias soluções. Uma aliança terapêutica (Seção 4.2.1) é importante para entender o ponto de vista da pessoa e identificar os conflitos entre a forma como se comporta e o que pretende alcançar.