Manuais Operacionais

2.2 Avaliação da situação

A epidemiologia da TB em cada ambiente e os contextos sociais e do sistema de saúde devem subsidiar as decisões sobre a estratégia de rastreamento da TB, incluindo a forma como os grupos de risco serão priorizados, qual abordagem de rastreamento escolher e a viabilidade de rastrear grupos de risco específicos. Portanto, antes de começar a fazer um planejamento detalhado, deve-se realizar uma avaliação inicial das seguintes características:

1.1 Justificativa para o rastreamento sistemático da TB doença

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa importante, porém evitável, transmitida pelo ar. Cerca de um quarto da população mundial está infectada pelo bacilo da TB, mas a grande maioria não tem a doença (1, 2). Em 2019, surgiram cerca de 10 milhões de casos novos de TB em todo o mundo, e mais de 1,4 milhão de pessoas morreram de TB, tornando-a a principal causa de morte por doença infecciosa naquele ano (2). Dos cerca de 10 milhões de pessoas que contraíram TB em 2019, estima-se que a doença deixou de ser diagnosticada em cerca de 2,9 milhões.

4.1 Considerações quanto à seleção e utilização de CAD para rastreamento em programas de TB

As tecnologias CAD para leitura automatizada de radiografias digitais de tórax visando à detecção de TB oferecem uma solução promissora para países com alta carga de TB; entretanto, selecionar o produto CAD mais apropriado para um contexto específico pode ser complexo. Ao selecionar um produto de CAD, os programas de TB e implementadores precisam considerar vários aspectos da tecnologia e sua interface com a infraestrutura existente, incluindo:

2.7.2 Indicadores propostos

As abordagens de rastreamento dependerão de cada grupo, e indicadores específicos para a intervenção devem ser desenvolvidos para cada abordagem. Em geral, porém, devem-se coletar dados sobre os indicadores apresentados na Fig. 2.5 para cada grupo de risco a ser rastreado, como todos os contatos próximos de pacientes com TB ou todas as PVHA que estejam recebendo tratamento.

Fig. 2.5 Dados que devem ser coletados nos programas de rastreamento sistemático da TB